domingo, 1 de março de 2009

História do Carnaval no Brasil

O carnaval chegou ao Brasil em meados do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em alguns países como a França, o carnaval acontecia em forma de desfiles urbanos, ou seja, os carnavalescos usavam máscaras e fantasias.
Embora alguns personagens fossem de origem européia, eles acabaram sendo incorporados ao carnaval brasileiro como, por exemplo: Rei momo, pierrô, colombina, etc.
Os primeiros blocos carnavalescos foram os cordões e os famosos cortejos de automóveis (corsos). Mas se tornaram mais populares no começo do século XX. As pessoas decoravam seus carros, se fantasiavam e em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades, dando origem assim aos carros alegóricos.
O carnaval tornou-se cada vez mais popular no século XX, e teve um crescimento considerável neste período, que ocorreu devido às marchinhas carnavalescas (músicas que faziam o carnaval mais animado). A primeira escola de samba foi criada no dia 12 de agosto de 1928, no Rio de Janeiro e chamava-se “Deixa Falar”.
Anos depois a escola mudou seu nome para Estácio de Sá. A partir deste momento o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Com isso, no Rio de Janeiro e São Paulo, começam a surgir novas escolas de samba. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, iniciam os primeiros campeonatos para constatar qual escola de samba era a mais bela e animada.
A região nordeste permaneceu com as tradições originais do carnaval de rua como, por exemplo: Recife. Já na Bahia, o carnaval de rua conta com a participação dos trios elétricos, embalados por músicas dançantes, em especial pelo axé.

Origem do Carnaval









Segundo Gabriela Cabral, o carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa tornando-a intolerável aos olhos da Igreja. Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos.
A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os “atos pecaminosos”. Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo já que fugia das reais origens da festa como o festejo pela alegria e pelas conquistas.
Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência européia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas da forma semelhante à de hoje.
A festa foi grandemente adotada pela população brasileira, o que tornou o carnaval uma das maiores comemorações do país. A esta favorável recepção, acrescentou-se as famosas marchinhas carnavalescas que incrementou a festa e a fez crescer em quantidade de participantes e em qualidade.



Já para Felipe Ferreira, não dá para se afirmar que já existia carnaval no Antigo Egito ou nas civilizações greco-romanas, como muita gente boa escreveu por aí. As festas de homenagem, não são festas carnavalescas, mas sim de todos os tipos de festas públicas populares que o mundo conheceu, incluindo as festas juninas, os rodeios e até mesmo natal e halloween. Assim, quando procuramos estabelecer as origens do carnaval é preciso não confundir as festas de celebração das antigas civilizações com aquilo que atualmente entendemos por Carnaval. Uma está na raíz da outra, mas não são a mesma coisa.

Como podemos ver exitem controvercias sobre a origem do carnaval, mas o que não podemos deixar de lado é que o carnaval é a maior festa de celebração de felicidade.